sábado, 2 de abril de 2011

Novidades do IPAD2....confiram:

Ja começa com uma grandes vantagens: Mais fino, mais leve e mais rápido. Com FaceTime, Smart Covers e 10 horas de bateria.”

A Apple conseguiu tornar o que já era fino e leve em algo ainda mais portátil e agradável.

Numericamente falando, a mudança não é drástica: a espessura do iPad caiu de 13,4mm para 8,8mm — uma redução de 4,6mm (pouco mais de um terço, ou ~33%). Já o seu peso foi de 680-700g para 600-610g (~10-15% menos), o que varia entre os modelos Wi-Fi e Wi-Fi+3G. Na prática, porém, para um gadget que já era incrível, essas perdas — no bom sentido — são bastante significativas.


Olhando de frente, o iPad 2 é praticamente idêntico ao anterior — a única diferença significativa é a sua discreta câmera frontal, localizada na parte superior central. Atrás, sim, ele mudou bastante: o formato da carcaça está mais arredondado, temos uma câmera no canto superior esquerdo e um alto-falante redesenhado no canto inferior esquerdo.

Isso tudo faz da “pegada” do iPad 2 algo bem mais agradável que o modelo anterior. Se você estiver acostumado a segurar e trabalhar diariamente num iPad 1G, ao pegar no 2 terá uma sensação de perda de espessura e peso muito maior do que os números indicam. Vale notar que ele é mais fino até mesmo que o iPhone 4!

Para viabilizar todos esses ganhos, a Apple teve mesmo que redesenhar o produto quase que por completo — e, conforme já observamos pela desmontagem da iFixit, as mudanças interiores foram tão significativas quanto as exteriores. Não é à toa que Steve Jobs destacou tanto que o pulo da primeira para a segunda geração não foi nem um pouco modesto.

Três componentes básicos do iPad 2 foram alterados para justificar essa afirmação:
  1. Processador: de um chip A4 de 1GHz, agora temos um A5 dual-core de 1GHz (na prática, segundo testes, 890-900MHz).
  2. RAM: o novo iPad tem o dobro da capacidade de memória do anterior, pulando de 256MB para 512MB. É a mesma do iPhone 4, o que permite a usuários explorar muito mais as capacidades de multitarefa do iOS 4.
  3. Chipset gráfico: o iPad 2 utiliza a nova GPU PowerVR SGX 543MP2 da Imagination Technologies, que promete, na teoria, ser até nove vezes mais rápida/poderosa que a anterior.
Tudo isso é muito lindo, mas o importante é saber o quanto esses componentes evoluídos beneficiam a experiência de usuários no uso do iPad. Para quem está esperando algo de outro mundo, também não é assim, mas posso dizer com tranquilidade que a coisa como um todo está muito mais agradável. Aliás, é assim que ela deveria ter sido desde o começo.

Esses avanços em performance não só podem ser facilmente observados na abertura/alternação entre aplicativos, mas também no carregamento de sites, conversão de áudio e vídeo, abertura de imagens pesadas e afins. Não fosse o trio supracitado, também, o iPad não seria capaz de dispor de aplicativos sensacionais como o novo Photo Booth — que já vem embutido nele, diga-se.

Tal como já ocorria em Macs — que dispõem de uma versão semelhante do Photo Booth desde o OS X 10.4 Tiger —, o Photo Booth para iOS, no iPad 2, tende a se tornar um dos apps mais divertidos da tablet e um dos que seus donos mais gostarão de demonstrar para amigos e familiares.
Nesta sua primeira versão, o Photo Booth oferece no iPad oito efeitos variados que modificam a imagem captada com as câmeras da tablet: Raio X, Túnel de Luz, Estender, Espelho, Giro, Câmera Termal, Caleidoscópio e Apertar.

Embora a quantidade seja menor que a da sua versão para Mac, no iPad eles se tornam bem mais práticos e divertidos, pois a tablet vai com você para onde quiser e o melhor: os efeitos podem ser manipulados na própria tela. É isso mesmo: com os dedos você pode aumentar/reduzir a “potência” dos efeitos, bem como “arrastá-los” para outro ponto focal na imagem.

O poder de processamento do iPad 2 é tão elevado que todos esses oito efeitos são gerados em tempo real e mostrados simultaneamente na tela da tablet, assim que o Photo Booth é aberto. Daí basta selecionar o que você quiser, posicionar e, com um toque de botão, a foto é tirada e armazenada na sua biblioteca local. Daí é superprático salvá-la, enviá-la por email e afins.

Apenas a título de curiosidade, vale lembrar que o iMovie para iPad — outra novidade da sua segunda geração, que agora tem câmeras (mas este é vendido separadamente na App Store, por US$5) — se deu superbem em testes de benchmark realizados com ele ao lado de um iPad 1G, um iPod touch 4G e diversos modelos de Macs. Os resultados são surpreendentes.

FaceTime

Esta era talvez a novidade mais óbvia do iPad 2: depois da implementação de uma câmera frontal no iPhone 4 no iPod touch de quarta geração, bem como o lançamento do aplicativo FaceTime para Mac, o caminho mais natural para a Apple era levar a tecnologia também para os iPads.

Apesar de a sua interface no iPad lembrar mais o FaceTime para Mac (devido à própria resolução da tela), o funcionamento dele é muito semelhante ao do FaceTime no iPod touch: você utiliza um ou mais emails para associar a sua conta (mesmo na versão 3G do iPad 2), pode desativá-lo quando quiser e inicia chamadas pelo ícone horrível do FaceTime na Home Screen, já que o iPad não tem um aplicativo Telefone (Phone) como o iPhone.

Através do uso do mesmo sistema de notificações instantâneas (via push) explorado por outros aplicativos, o iPad quando conectado a uma rede Wi-Fi fica sempre “ligado” e alerta ao usuário de chamadas quase que imediatamente após elas terem sido iniciadas.

Aliás, por falar em Wi-Fi, algo muito curioso é que a Apple continua limitando o uso do FaceTime fora de conexões 3G. Todavia, com a chegada do iOS 4.3 e o seu Acesso Pessoal (Personal Hotspot), donos de iPhones 4 podem agora compartilhar suas conexões 3G com iPads via Wi-Fi e… bazinga! Eis que o FaceTime funciona perfeitamente. Hora de a Apple abandonar esse requisito para iPhones e iPads 3G? Acho que sim.

Smart Covers
Aqui, a Apple aprontou uma com a gente — das boas.
Tudo bem que a Apple já produzia e vendia cases para o iPad 1G antes — por US$40 —, mas elas não eram nem de perto tão atrativas e — por que não? — indispensáveis quanto as novas Smart Covers.
A Apple fez bem em chamá-las de “Covers” (capas), porque elas realmente não são cases e basicamente só protegem a parte frontal do iPad. Em sua keynote de lançamento do iPad 2, Jobs foi esperto na forma como justificou isso: “Não queríamos esconder o belíssimo design que criamos para o produto.” Faz sentido, mas eu prefiro uma linda traseira protegida do que uma toda arranhada/danificada. Felizmente, tá cheio de fabricante terceirizada por aí que já está lançando outros produtos para “resolver” a questão.

A magia das Smart Covers da Apple é que elas foram praticamente concebidas em paralelo à criação do próprio iPad 2. Com 21 ímãs internos, que se comunicam com outros 10 presentes no próprio iPad, elas podem ser afixadas e retiradas da tablet em um segundo, ao mesmo tempo em que são fortes o suficiente para não se desprenderem acidentalmente. Além disso, os ímãs garantem que a capinha fique sempre alinhada com a tela da tablet, e aí vem a parte inteligente: a própria Smart Cover desliga e liga a tela do iPad 2, mais uma vez com o uso desses ímãs especiais. Toque de gênio.

Como se não bastasse tudo isso, a Smart Cover é dobrável, o que também faz dela um stand para o iPad 2. Posicionada em formato de triângulo, o iPad pode ser ligeiramente inclinado sobre a mesa para uma melhor digitação, ou então colocado de pé para a visualização de fotos, filmes, receitas culinárias e afins.

Logo de cara, a Apple criou duas variações de Smart Covers: uma de poliuterano (US$40), disponível nas cores cinza, azul, verde, laranja e rosa; e uma de couro (US$70), com cores mais sérias — bege, marrom, preta, azul marinho e vermelha.
Ou seja, junte proteção + praticidade + economia de bateria + stand + beleza e a compra de uma Smart Cover junto do iPad se torna um “no brainer”, como dizem lá fora. Até hoje eu não encontrei ninguém com um iPad 2 que estivesse sem uma Smart Cover.

10 horas de bateria

10 horas de bateria no iPadDe todos os pontos já citados, este é o único que não é uma *novidade* no iPad 2. Não no aspecto prático, eu quero dizer, afinal, o iPad 1G já oferecia a mesma autonomia de bateria — comprovadamente real.
Ao meu ver, o motivo de a Apple ter decidido citar isso de novo como um dos grandes atrativos do iPad 2 é que, em primeiro lugar, ter mantido as mesmas 10 horas de autonomia com tantas novidades (design mais fino e leve, melhor processador/mais RAM/novo chipset gráfico, duas câmeras, etc.) foi, podemos dizer, um milagre. Depois, essas 10 horas de autonomia continuam sendo incríveis, e um diferencial do iPad que a Apple não pode ignorar.
Vale notar que as 10 horas de autonomia prometidas para o produto são de uso constante — ou seja, a depender do brilho da tela e da quantidade de coisas ativadas/carregadas, você consegue mesmo, por exemplo, assistir a vídeos no iPad por 10 horas seguidas. Se você imaginar que ninguém fica 10 horas consecutivas trabalhando nele e imaginar que olhará um email aqui, navegará num site ali e afins, com um uso intenso essa bateria dura por 2-3 dias, fácil.
E segundo a Apple, em modo de espera (standby), a bateria do iPad chega a durar até 30 dias — sim, um mês inteiro! Mas nós não iremos testar isso, ok? :-P

Ok, é isso? Acabou?

Ainda não. :-) Isso tudo, conforme dissemos, foi o que a Apple optou por destacar em termos de novidades/evoluções para o iPad 2. Mas vamos continuar, falando primeiro sobre as suas câmeras.

A Apple implementou duas câmeras de uma vez só no iPad — uma frontal, destinada principalmente às vídeo-chamadas realizadas via FaceTime (ou outros apps de videoconferência, como Skype, fring e afins), e uma traseira, para fotos e vídeos (bem como apps de realidade aumentada, por exemplo).
A qualidade/resolução dessas câmeras já gerou uma grande polêmica aqui no site, afinal, a frontal é VGA e a traseira não passa nem de 1 megapixel. “Mas como, se ela captura vídeos em HD?!” Aí é que está a pegadinha: para vídeos, isso é mais do que suficiente. Um vídeo em HD 720p mede 1280×720 pixels, uma resolução equivalente de apenas 0,92MP para fotos — isto é, irrisória.

A Apple já se viu em situação semelhante na época dos iPods nano de sexta geração, e não é à toa que ela limitava o uso de sua diminuta câmera apenas para vídeos. No iPad 2 ela não fez essa restrição, mas também não dá pra ninguém exigir muito de suas câmeras — nem da traseira. Ora, tinha gente (eu estou nesse bolo!) que nem acreditava que a Apple iria colocar uma câmera traseira no iPad 2, afinal, é muito estranho segurar um “trambolho” com ele para tirar fotos ou fazer filmagens. Por que esses estão reclamando, agora, que ele não dá conta do recado?

Fizemos alguns testes para vocês, comparando as duas câmeras do iPad 2 com um iPhone 4 e uma câmera fotográfica Nikon Coolpix P80 — a qual também não tem nada de especial, nem SLR é. 


A Apple também adicionou um giroscópio ao iPad 2, assim como em iPhones 4 e iPods touch 4G. Esse componente não é tão útil/revolucionário quanto o acelerômetro convencional, mas deverá viabilizar a chegada de apps mais sofisticados que façam uso dele também na tablet da Maçã.

iPad 2 preto vs. branco

De uma maneira geral, aqui não tem jeito: gosto pessoal acima de tudo.
iPads 2

Mas há duas coisas que me fizeram optar pela versão preta do iPad 2, além de eu preferi-lo assim, visualmente: 1. no geral, bordas pretas tendem a destacar mais a tela e dar um maior contraste de cores (não é à toa que a maioria dos Macs hoje são assim) e 2. tenho medo de o branco “amarelar” ou sujar mais com o tempo, nem que seja de forma sutil.
Aqui a decisão fica a cargo de qualquer um — ou quem sabe você não tenha muita escolha, caso chegue a uma loja e só um dos dois modelos esteja disponível. Como o branco é novidade, ele está acabando mais rápido, então é capaz que nesses casos você tenha que ficar com o preto, mesmo.

O que *não* mudou?

Salvo mudanças ínfimas nas dimensões gerais do produto (descartando a sua espessura, que já citamos aqui), ele continua no mesmo formato de antes — mantendo a mesma touchscreen LCD de 9,7 polegadas, com tecnologia IPS (oferecendo um ângulo de visão de até 178º), retroiluminada por LEDs e com proteção oleofóbica. Aliás, ainda não foi desta vez que o iPad ganhou um Retina Display: sua resolução continua em 768×1024 pixels.



Além disso, o botão Home continua do mesmo jeito e no mesmo lugar, bem como o alternador lateral (que, no iOS 4.3, pode ser definido para silenciar o volume ou travar a orientação da tela) e os botões de volume — estes simplesmente mudaram um pouquinho de visual. No topo, continua a entrada de 3,5mm para headphones e o botão Sleep/Wake; se tem algo que mudou é o microfone, que fica agora centralizado e tem formato oval — e funciona melhor nos iPads 2 Wi-Fi.


Na parte inferior o conector de 30 pinos do dock também continua no mesmo lugar, mas aqui eu tenho uma crítica: como a traseira do iPad 2 ficou mais arredondada, esse conector também foi afetado pelo design e, sinceramente, acho um pouco mais difícil encaixar o seu cabo do que antes — ou então é só questão de prática. Os novos alto-falantes de fato melhoraram a qualidade/potência, mas nada drástico.
Por fim, a Apple optou por não dobrar as capacidades do iPad, nesta geração: eles continuam sendo vendidos em modelos Wi-Fi e Wi-Fi+3G de 16GB, 32GB e 64GB — pelos mesmos preços, nos Estados Unidos. No Brasil, enquanto o iPad 2 não chega (felizmente, ele já foi até homologado pela Anatel), os preços dos anteriores caíram — o que deu uma reaquecida em suas vendas.




 


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