quinta-feira, 31 de março de 2011

Infecção no ouvido está associada a obesidade infantil




Inflamações persitentes no ouvido médio podem ter ligação direta com a obesidade infantil. É essa a conclusão de um relatório publicado na edição de março da publicação Archives of Otolaryngology Head & Neck Surgery (Arquivos de Otolaringologia Cirurgia de Cabeça e Pescoço).

Os estudos, conduzidos por Il Ho Shin, da Universidade Kyung Hee, de Seul, Coreia do Sul, analisaram a associação entre os limites gustativos (o que faz diferenciar os vários sabores dos alimentos) e a relação com índice corporal de crianças portadoras de otite média com efusão (purulenta) recorrente ou persistente.

O teste consistiu em medir os limites gustativos em 42 crianças com a doença por meio de um pequeno tubo de plástico dentro do tímpano, mantendo o ouvido médio gaseificado. O mesmo teste foi feito com um grupo de controle de 42 crianças sem otite persistente.
Foram usadas quatro soluções padrões de sabor - açúcar, sal, ácido cítrico e cloridadrato de quinino. O teste apontou que as crianças portadoras da doença tinham o limite gustativo para os sabores doces e salgados mais elevado que as do grupo de controle. Uma pequena elevação desse limite foi detectada também para os sabores amargo e azedo. "Esses resultados sugerem uma associação entre as alterações no gosto e no aumento do Índice de Massa Corporal em pacientes pediátricos com otite", afirmaram os pesquisadores. Embora a maioria das crianças se curem das inflamações nos ouvidos, pelo menos 10% desenvolvem a otite persistente.

Não é a primeira vez que pesquiadores relacionam infecções de ouvido com obesidade. Em 2008, durante a Convenção Anual da Associação Americana de Psicologia, uma série de estudos mostrou que pessoas que tiveram quadros persistentes de otite no ouvido médio quando crianças tinham preferência maior por ingerir alimentos doces e gordurosos, mesmo em idades mais avançadas.

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